segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Autoramas libera CD acústico para download gratuito


Confira a lista de músicas de “MTV Apresenta Autoramas Desplugado” e o link para baixá-lo gratuitamente por tempo limitado no site da Trama Virtual:

1. Gente Boa
2. Rei da Implicância
3. Hotel CErvantes
4. Muito Mais
5. Samba-rock do Bacalhau
6. I Saw You Saying
7. Sonhador
8. A História da Vida de Cada Um
9. Copersucar
10. Música de Amor
11. Galera do Fundão
12. A 300 Km/h
13. Jogos Olímpicos
14. Eu Vou Vivendo
15. Eu Mereço

domingo, 22 de novembro de 2009

Dicas musicais: AUTORAMAS – desplugado

A banda carioca Autoramas está lançando o CD e DVD MTV Apresenta Autoramas desplugado. O único programa da série no formato acústico. O resultado sonoro é legal para quem gosta de bandas 
de Rock mais cruas da metade anos 90 e começo dos anos 2000, como Raimundos, Bidê ou Balde, Tihuana, Detonautas, Cachorro Grande, entre outras.
Sem instrumentos complicados, mas nem por isso com um som menos sofisticado, a banda ficou livre para fazer releituras de suas músicas no formato power trio e passear pelo blues, como em “A 300 km/h”, com a participação especial de Big Gilson e sua guitarra slide modelo Gilsonator, pelo flamenco, como em “Hotel Cervantes”, que, além das palhetadas afiadas de Gabriel, ainda tem a participação da Mulher Misteriosa Jane DeLucnas nas castanholas e de Humberto Barros no acordeão, e pelo rock mais romântico como em “Música de Amor”, com participação de Érika Martins, co-autorada música. Outra balada que chama atenção é a música “Sonhador (vida Real)” que ganha ainda mais força e melodia na voz de Frejat.
(Fonte: www.mundo47.com)
O DVD também faz bem aos olhos, pois além da boa produção dos cenários MTV, tem a bela Flavia Couri tocando seu baixolão e apoiando nos vocais (meio anos 60).
Marcos Ferreira Silva

Tudo virou EMO

Algo andou povoando os meus ouvidos nos últimos dias; as velhas canções do Raimundos como as sacanas Selim e I Saw You Saying. Descobri que esta segunda era uma parceria com Gabriel, vocal e guitarra do Autoramas. Bateu uma nostalgia, muito comum para mim. Skank antigo, Legião hoje e sempre, Titãs e sua sonífera Ilha. De quebra um especial do Cazuza resgatou meus bons CDs (atuais raridades por causa do mp3) e DVDs.
Ao ligar a TV me deparo com os meninos do NX Zero. Nada contra os garotos, até incluo uma ou duas de suas canções no meu moderníssimo IPOD, mas o problema é que no atual cenário Rock brasileiro, pouco vemos além deles e de bandas similares como o Fresno, que tem lá seu talento e encantam a “mulekada” dessa geração.
Os mais antigos viram-se para o rádio e a TV e proclamam que não se fazem mais músicas boas. É uma pena. Tudo virou EMO.
Sou um possível expoente da atual música. Com minha banda tocamos clássicos e músicas de sucesso. Anos 70, 80, 90 e 2000. Usamos roupa preta por puro charme. Mas os EMOs estão tão em evidência que vez ou outra nos intitulam assim. Injustiça ilógica. Claro. Muitas músicas que tocamos são da época que nada disso existia, mas se fala de amor é EMO e ponto.
Lembrei de um colega que gostava de HardCore, quando o Dead Fish e CPM22 estavam no topo em 2003. Muito conservador, ouvia o HardCore original, americano, apreciava um bom Punk “Podre”. Mesmo assim o chamavam de EMO quando o encontravam lendo um romance por detrás de um boné quadriculado, camisão e um Al star. Como resposta, ele tratava de chamar todos de idiotas e falar: Vocês só me chamam de EMO porque leio um romance. EMO é emotivo, emotion? Então Roberto Carlos, Zezé di Camargo & Luciano, Amado Batista e até os Beatles com suas “Micheles” (I love you, I love you, I love you. That’s all I want to say. Until I find a way. I'll say the only words I know that you'll understand) são EMOs. Legião nem se fala.
Ouço uma banda católica chamada Rosa de Saron. Ela é uma banda de Rock, com letras inteligentes e interessantes, mas mesmo sendo católica não usa a religião a ferro e fogo em suas canções, usam as metáforas e sabem empolgar e emocionar. Tem uns vinte anos de estrada, já foram considerados Metal e até no Guinnes book entraram como primeira banda de Rock católico do Mundo. Empolgado, comentei esse assunto com um amigo meu:
(dialogo ilustrativo)
_Pô, legal o sucesso deles.
_É, eles agora estão com pegada EMO...
_??????????
Santo EMO metal do Angra!!!
Bem. Eu vou indo, hoje vou ver se descolo uma balda EMO, talvez um Creedence.
Ah, aqueles Ramones também são EMOS. Aquelas jaquetinhas e calças de couro não me enganam.
O João Gordo também é.
Sir Paul McCartney e sua franja Emo
Marcos Ferreira Silva

Sentimentalmente


Foto de Rodney Takata
Simone havia chorado tanto que já não sabia medir o quanto sofrera, não sabia mais se ainda restara alguma lágrima a ser derramada. Primeiro perdera seu pai, meses depois o irmão e dias que sucederam também o filho recém nascido. No enterro, ela desesperou-se questionando se havia justiça no mundo. E, num tom revolto, ela gemia; Pai, por que me abandonastes? Você existe? Você é justo?
Rodrigo ligou para seu velho emprego pela enésima vez, prometendo rever os antigos colegas. Visita qual tornaria a descumprir. Até quando duraria aquela dor? Nada mais era suficiente para sugar sua concentração. Seu pai passava horas do dia, tão longo, a contar as flores no jardim. Seu irmão capotara o carro uma semana antes de sua mãe partir e agora estava plantado a uma injusta e incrédula cadeira de rodas. Sua mãe... ah sua mãe! Ela nunca mais fecharia a porta do seu quarto e o cobriria do relento em noite fria. Nunca mais ele voltaria a comer como antes. Tinha emagrecido involuntariamente mais de vinte quilos. Lasanhas não tinham mais sabor. Nunca mais teriam. Ajeitou a jaqueta preta por cima das vestimentas sociais e partiu. Ergueria a cabeça. Mas como?
Júlia estava cansada daquele emprego medíocre, aquele salário ridículo e aquelas pessoas hipócritas. Trabalhara até as dez da noite sem nada pedir, apenas entregava seu suor de bom grado. Em retorno ao esforço exemplar, ouvia reclamações e perguntas ilógicas. Estava completando um ano que seu grande amor havia arrumado as malas e dito, inesperadamente, que não dava mais, que estava tudo acabado. Apenas um dia atrás seu sobrinho, ainda no ventre, havia sido impedido de conhecer este mundo de lágrimas. O que parecia importante para as pessoas à sua volta, para ela, nada valia.
Michel desistira de se entender. Estava exausto com as condições que a vida o impunha para crescer. O trabalho era sacrificante, o dinheiro era mínimo e os sonhos quase inalcançáveis. Começara a se endividar sem perceber, vítima de má fé, de pessoas más. Um pânico tomou seu coração e desabou drasticamente aos olhos de quem não poderia jamais ver aquilo. E entre flashes de uma vida tão rica, tão bela e algumas vezes tão vazia, ele a via em relances. Passado quase sete anos e ele ainda sonhava com ela. Em sua mente tudo seria diferente se ela não tivesse mudado os planos, não fosse, simplesmente, desistir de ser feliz ao seu lado. Para ela quatro meses. Para ele a vida toda.
Eliane também exalava preocupação com o amanhã. Estava enojada de seus afazeres naquela empresinha. Estava tão feliz com sua universidade. Iria cursar o que sempre sonhara. Estava em êxtase, mas tudo isso não apagava a dor que sentia ao saber que o amor que acalentava seu coração só lhe fazia iludir. Subir ao céu e cair. Não queria ser a outra, isso não. E só Deus sabia o quanto se arrependia de ter largado sua terra natal para morar num canto desconhecido com seus tios, acompanhada de brigas e futilidades.
Maria não suportava ser tão forte. Cuidar de si própria era fácil, difícil era segurar a barra de ver sua jovem filha doente, ora bem, ora não. Posar de mãe para vizinhos, amigos e parentes era coisa mais complicada. Os oito anos com a responsabilidade de uma chefia no trabalho começavam a pesar. Quantos maldizeres e mesquinharias. Alguns hábitos tão abomináveis eram tomados por ela sem perceber, e quando fazia exames de consciência já não se reconhecia. Ser forte para ver o irmão morrer injustamente assassinado. Para ver a mãe partir agoniada em uma doença tão cruel que não queria nem lembrar. O marido traidor e mau caráter que lhe abandonara numa tarde de domingo em pleno veraneio. E como é amargoso, até hoje, lembrar da sua outra filha morrendo em meio a uma brincadeira de criança. Achava que não ia suportar tudo aquilo, mas estava suportando.
E como ainda não cremos que o mundo sacode para todos os lados? Como ainda não descobrimos que a vida nunca vai ser fácil? Espero o dia em que entenderemos que somos, sentimentalmente, iguais.
Marcos Ferreira Silva

domingo, 15 de novembro de 2009

O apagão da Dilma

Há alguns dias o Brasil sofreu um apagão de proporções inimagináveis. Algo do tipo Independence Day tupiniquim da vida real.
Cheguei mais cedo em casa naquele dia. Parecia um milagre; eu chegando cedo e indo direto para o banho. Acho que meu inconsciente estava adivinhando o que estava por vir. Logo ao sair daquela agradável ducha, me dei de cara com nada (não era possível ver um palmo à frente do nariz).
Fiquei pensando naqueles que estavam nas estações e pontos de ônibus, voltando do trabalho e da faculdade, preso nos trens e elevadores da maior cidade da América Latina.
Fiquei admirado quando, da janela, notei que o breu tomava tudo que os olhos (não) conseguiam ver.
Na sede da informação, resgatei o radinho de pilhas de minha mãe e comecei ouvir as notícias que passavam informações de um apagão nacional. Até então ninguém se manifestava. José Serra devia estar tomando sua sopa e se preparando para acessar o Twitter madruga adentro, enquanto tudo acontecia.
CBN, BandNews e Jovem Pan estavam em êxtase cobrindo o caos. Milton Neves dramatizava os fatos enquanto se aproximava de uma Alphaville às escuras. Outros repórteres mandavam informações via celulares de calçadas, coberturas, janelas das salas e de todo lugar imaginável que tivesse imerso nas trevas.
Enfim, tratava-se de um blecaute gigante para martirizar Dilma Roussef , ex-ministra das Minas e energias, e que há duas semanas havia declarado num programa de rádio que o Brasil não corria riscos de um apagão.
Para o Brasil, as coisas andavam boas. Crise financeira mundial sem agravantes, Copa do Mundo, Olimpíadas no Rio e Pré-Sal. Até que, de repente, o Brasil vira de ponta-cabeça. A cidade maravilhosa das Olimpíadas tem sua guerra civil escancarada de vez, com direito a um vergonhoso abatimento de helicóptero militar por “trombadinhas” melhores armados que os da guerra do Iraque. Agora um apagão nacional. Tudo devorado pelo El país, Clarín, Times, The New York times, que começam a questionar o Brasil como sede de grandes eventos esportivos.
A oposição parece que não terá muito trabalho para atrapalhar a candidatura da senhora Dilma. Mesmo com o apoio político do presidente Lula, que parece passar por mais essa crise assoviando com seus altos índices de aprovação, Dilma vê-se num misto de acontecimentos que querem derrubar Lula e o Brasil, mas a única que cai é ela.
Observação: O Lula ainda é o político mais popular da terra, mas a Dilma não é a candidata mais popular, nem de longe.
Marcos Ferreira Silva

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A última página de um livro


Dia 2 de novembro... Finados. Não é uma data alegre, mas vale uma singela homenagem para alguém especial. Peço que leiam, são palavras para o coração.
Desculpe o tamanho do texto, mas esta homenagem não poderia ser resumida em 10 linhas... 
* de um dia muito especial
+ 10/06/2008
(Homenagem à Laura Nienwenhoff Matos - Laulau)
"A nossa vida é igual a um livro" – ouvi isso numa entrevista feita com, se não me engano, o Paulo Autran, e nunca tive como discordar.
Vivemos os momentos iniciais, transcorremos todo o livro com momentos tanto triunfais quanto catastróficos e finalizamos a história - felizes, tristes, decepcionados ou com aquele sorriso bobo no rosto, esperando que todas as sucessoras leituras sejam tão magníficas quanto à que acaba de terminar. Tem também aquela que termina com uma simples satisfação, porém, queira ou não queira, sabemos que esqueceremos em breve. Não marcou.
Nossa vida pode ser mística como um enredo de Paulo Coelho, louca e quase sem sentido como as magníficas histórias de André Vianco, misteriosa igual um triller de Sidney Sheldon ou lindas como as emocionadas páginas marcadas por Zélia Gatai e Jorge Amado.
Porém a última página de um livro é definitivamente a mais difícil. É quando todo aquele ciclo é fechado e você lê “Fim” ou “The End”, como última palavra depois de todo aquele emaranhado de letras.
Algumas vezes achamos que o fim chegou na hora errada. Tarde ou cedo demais. Outras vezes lamentamos, mas não deixamos de contemplar e aplaudir aquela saga magnífica. Ficamos num misto de lamentação e satisfação, paradoxal demais para ser realmente entendido. Em algumas situações, simplesmente não aceitamos isso o que chamam de fim... E é esta a parte que dói mais...
A nossa vida é exatamente assim.
No último dez de junho, era uma terça-feira ensolarada, fazia frio e, contudo, o sol brilhava misteriosamente. O fatídico ano era dois mil e oito. A casa ao lado da minha estava lotada de pessoas. Amigos, vizinhos, amigos de parentes e parentes de vizinhos enchiam a residência de penar. Um abraço aqui, uma lágrima acolá e um pranto dolorido no primeiro quarto do corredor.
Quem estava feliz ficou triste. Quem não se importava se importou. Havia um sentimento que desejava mudar aquela cena que parecia um drama cinematográfico, mas não éramos o autor do roteiro, então não nos cabia interferir no encerramento daquele enredo. Quem deu fim à trama não nos consultou para saber se queríamos ou não aquele desfecho. Não éramos seu público-alvo.
A cadela deitada ao lado da cama de seu dono tinha os olhos tristes, sentia que uma vida havia se expirado naquela manhã.
Doía no coração de quem presenciou o desenrolar daquele romance, para todos que visitavam aquela casinha que em alguns momentos parecia meio encantada, com comigo-ninguém-pode no canto da parede, samambaias penduradas no teto e violetas na janela... Pedrinhas coloridas abrilhantavam a estante em mogno, como uma estradinha em contos de fada. Sucumbia-se o coração de quem parava para ver, no porta-retrato, a foto em branco e preto do falecido marido. Nela, o chefe da família falava em um rádio. Parecia um padroeiro vigiando de longe tudo o que acontecia, fazendo do pequeno quadro uma imagem que montava companhia às demais molduras com Santos espalhadas pela sala.
Laura Nienwenhoff havia partido e todos lamentavam. Alguns seguravam o choro, tentavam se preocupar com enterro e velório. Datas e horas. Tudo tipicamente humano... Hora pra tudo.
O Espelho de formato oval continuava no mesmo lugar, como nos últimos vinte e cinco anos.
Os dedos estalavam e as lágrimas desciam. Uns rezavam, outros continham o pranto, alguns nem pensavam.
A temperatura baixa era abatida com o sol que cortava o ar e esquentava o corpo e o coração de quem estava na sacada.
O livro finalmente se fechara. A derradeira página estava escrita, infelizmente editada e lançada a todos...
[...] Laura caminhava assustada, aflita. Percorria um caminho bonito. O céu estava claro. Parecia que a paisagem viajava do mar ao infinito azul do céu, envolto de uma neblina incrivelmente agradável. Não fazia frio nem calor. Procurou um relógio para saber das horas ou uma placa que indicasse onde estava, mas não achou nada. A única coisa que lembrava é de ter visto um monte de médicos ao seu redor e depois agarrado num sono profundo. Finalmente, depois de meses, tinha tido um sono tranquilo, sem dores nem falta de ar. Agora, do nada, via-se caminhando sem saber para onde. Sorriu porque mesmo não sabendo que lugar era aquele, ao menos não estava deitada em uma cama de hospital.
Teria fugido? – perguntou intimamente – Oras, se tivesse fugido como uma sonâmbula, o inconsciente tinha sido feliz na decisão.
Continuou andando até que viu damas da noite nascendo rasteira ao lado da estradinha. Agachou-se para contemplar a plantinha. Os joelhos e a coluna não doeram com o movimento. Ao esticar o braço para tocá-las, notou que sua mão não tinha mais aquelas manchas escuras e a pele estava muito mais jovem. Ficou com uma vontade louca de ver como estava seu rosto, mas não tinha espelho para refletir-se. O vestido florido balançou-se com a brisa gostosa que passeava pelo céu. Estava curada. Deus havia operado o milagre que tanto pedira. De repente, ela foi assaltada por um pensamento lógico: E sua família onde estava? Seus amigos? – lembrou do filho, da nora, da irmã e da vizinha, queria contar-lhes a novidade. Olhou por todos os lados e não encontrou o caminho de volta. Uma lágrima desceu pelo rosto, agora sem rugas. Ficou parada na estradinha, entre as damas da noite e as pedrinhas que lembravam algumas que ela achava no quintal da casa no interior do Paraná, onde passará toda a infância. Ergueu a cabeça e viu um vulto no horizonte. Era um homem. Ele caminhava em sua direção. Laura olhou o céu azulado e depois para o sol forte que embaçou sua visão. Pressionou os olhos para voltarem ao normal. Olhou novamente para o homenzinho que se aproximava. Nessa hora seus olhos encheram-se mais uma vez de lágrimas, mas agora era de pura felicidade. Sugou forças para chamar seu nome. Achou que sua voz não sairia, mas saiu:
_Bastião, é você homem?
O marido lhe sorriu com um ar jovial. Os dois se abraçaram depois de oito anos.
Ela olhou no fundo de seus olhos serenos.
_Cadê o Anderson? – perguntou ela, com o típico sotaque arrastando a letra R.
_Fica tranquila Laura, o ‘Hanzo’ vai ficar bem.
Encararam-se por um instante como se não pudessem acreditar no que viviam.
_Vem comigo Laulau, aqui nós vamos descansar. Não existe tempo nem dor. Vamos. – disse ele estendendo a mão em sua direção.
_Laulau?! – sorriu Laura surpresa – Já ouvi isso, mas nunca de você.
Ela segurou a mão do marido e continuaram a caminhar. Naquele instante uma multidão de velhos amigos apareceu para cumprimentá-la e então se deu conta de que esse livro nunca teria fim, apenas mudara de página... Sem ponto final... Apenas três pontos...
Marcos Ferreira Silva