sábado, 20 de novembro de 2010

Mulher, chuva e mesa de bar

charge: Diogo - JT
Caro leitor, antes mesmo de começar esse texto eu peço desculpas a todos por tudo. Nesse momento você deve estar perguntando-se: Desculpas pelo que? – E eu respondo: Por todas as baixarias fulas que vou transcrever a seguir. Porém, gostaria de reforçar que não há motivo revolucionário ou educativo para eu escrever isso, mas eu não podia deixar passar esta verdade, qual é fundamentada em experiências verídicas, algumas vezes contraditórias.
Vamos lá, vocês hão de concordar que mulher é idêntica ao tempo, principalmente nessa época de Catrina e tantos outros fenômenos naturais com nomes femininos. Mas por que diabos batizaram com nomes de mulheres os últimos tufões, tornados e vendavais que assolam o mundo? Essa é uma resposta simples. Vamos exemplificar isso usando novamente o Catrina: Ele é inesperado. Chegando de surpresa, o leva para aonde quiser sem que você possa reagir. Tão impressionante que você não consegue nem tirar o olho. Tem um poder de destruição incalculável (quando notamos já se foi o dinheiro, liberdade e nos casos mais graves o sujeito termina na sarjeta, ou se preferir, pode considerar o endereço da rua da amargura, número zero à esquerda), e como se fosse planejado, você está sempre perto e sem querer acaba dentro de um (a).
Quando tratamos de fronteiras Brasil, é só pensar no clima da capital Paulicéia. Bem cedinho você acorda, olha para o céu, analisa as nuvens e diz: Ótimo, vai fazer um sol maravilhoso hoje! – aí quando você coloca os pés para fora de casa, e provavelmente depois de ter se distanciado ao menos alguns quilômetros do seu ponto inicial, começa a chover em proporções desastrosas. Então no dia seguinte você faz o mesmo ritual; acorda, olha o céu, mede milimetricamente cada nuvem, especificando tonalidade de cor, brilho, contraste e nitidez, e só depois diz: Gente, hoje vai chover! – Daí você sai correndo para dentro de casa pegando capa, blusa e se atrasa pro trabalho por ficar procurando aquele “bendito” guarda-chuva que sempre resolve desaparecer em momentos assim, como num passe de mágica. Preciosos minutos depois, você dá fim ao paradeiro do tal guarda-chuva, que para finalizar está com o botão de abrir travado e com uma ponta da armação quebrada para fora, dando ao seu velho companheiro de temporais aquela aparência de ferragem misturado com tapa-sol de mendigo. Depois de tudo, você finalmente sai de casa. Caminha longos passos e, ironicamente, no mesmo ponto que um dia antes você mais parecia um miojo cozido na geladeira, o sol aparece estonteante, o qual não dava o ar da graça desde a manhã do dia anterior.
Perceberam? A mulher é igualzinha, praticamente um sinônimo do tempo. Sobre a comparação com o Catrina não vejo necessidade de qualquer comentário. Mas pense no clima de São Paulo e a mulher, é bem singular, não é? Pelo menos 95% delas são assim.
Ótimo, mas e a mesa de bar, onde entra nessa história? Conseguimos provar qualquer estudo sobre esse assunto numa mesa de bar. Veja:
Elas são paradoxais, não sabem o querem de verdade durante o decorrer do dia, pois suas ousadias e sentimentos não são expostos na missa dominical (lá elas pedem perdão das noites de sexta e de sábado), mas sim quando estão sentadas numa mesa de bar, rodeadas de vodka e bohemia e muita boêmia a from Hell.
Ironicamente, a mulher é uma dama imensurável da hora que acorda até chegar à porta do bar. No interior do “boteco” (ou nas cabaninhas do lado de fora) elas se transformam. Bebem, fumam demasiadamente, chupam os pescoços dos amigos, etc. Nessas horas não há mais pudor, a palavra foi provisoriamente riscada do dicionário, com aprovação da Academia Brasileira de Letras e tudo mais.
Quando o homem chama o perigo pro seu lado, ele é um safado? Não. Hoje a humanidade abriu os olhos para enxergar que a culpa, na maioria das vezes, é da mulher, pois elas têm o poder. Quando beijam a amiga durante longos quarenta e cinco segundos, e ainda mordiscam o lábio da companheira como se não quisesse mais largar é covardia. Enquanto isso os idiotas taradamente admiram, sabendo que depois elas vão dizer que era só brincadeira, que o negócio delas é homem e ponto. Disso eu nunca duvido, mas qual o meu percentual de culpa se fora de controle eu acabar com a brincadeira e tirá-las de cena para concluirmos a tese, dizendo: Agora você vem comigo.
Ok, eu tenho um amigo que diz resistir a tudo isso, mas na verdade, disso eu duvido, do resto eu não duvido mais de nada.
Conheço um bar de rock aqui em São Paulo chamado manifesto bar, mas devido ao nome e a falência do ritmo, deveria ser um bar de mulheres.
Há tempos atrás, neste bar, uma colega, singela e recatada, qual respeito muito profissionalmente deixou-me boquiaberto. E sabem de quem é a culpa? Do bar, logicamente. Se não fosse aquela cerveja que desce redondo e é boa, ela não diria: “Vamos sair daqui, transarmos a noite inteira e depois dizermos que não nos lembramos de nada e culpamos a cerveja que nos alteram os ânimos”. – não somos responsáveis por nada depois do segundo gole.
Pois é, mesa de bar é chuva com hora marcada quando o assunto é mulher. Todo chopp depois do trabalho, ou no horário daquela aula enforcada é misticamente revelador. Não existe Happy Hour inocente.
Até as mais politicamente corretas soltam as asinhas na hora B (Hora do Bar). Falam o que pensam daquela chefe ‘’idiota’’, que até então você achava que elas se amavam, unha e carne. E relatam detalhadamente o que pensam daquele colega de trabalho que almoça com vocês todos os dias, que nas palavras delas é lindo de morrer, um tesão.  E você, inocente, achava até aquele instante que ela o odiava. Ela brinda o afastamento da chefe e maldiz ao profundo poço das trevas o nome da ‘’loira fútil’’ que namora o carinha da repartição (as loiras são sempre as mais odiadas. Só há uma dentre todas que será poupada, no caso é a loira que tem a palavra).
E vai ter sempre aquele momento que a bebida sobe a cabeça e elas vão abaixo, com o coração ferido e as emoções tortas impulsionadas pelo excesso de vinho. E elas choram. Prometem não beber nunca mais, nem beijar a amiga. Liga para o ex, qual ela sempre enfatiza não passar de um idiota completo. Encharcam nossa blusa de lágrimas, enquanto ela diz tudo àquilo que você não espera... na segunda não se lembrará de nada, ou irá fingir não lembrar.
Agora fica fácil entender os pais dessas moças e o motivo de eles tanto quererem manter esses Catrinas debaixo de suas asas, no máximo destruindo o quarto (sozinhas, pelo amor de Deus).
Lamentamos profundamente todas as conseqüências do álcool nessa vida boêmia.
Moças, eu espero vocês na sexta, faça chuva ou faça sol...
Marcos Ferreira Silva

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fórmula 1 – Um campeonato em frases e comentários sórdidos

“Tivemos mais sorte que bom senso” - Red Bull sobre Vettel (Verdade)

“Realmente não esperava um resultado como esse, foi simplesmente enorme. No final, tivemos mais sorte do que bom senso. É bom desse jeito” - Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull (Alma  do esporte. O cara que honrou a Fórmula 1 em 2010)
“Nunca fiquei tão feliz em ver uma Renault e uma Mercedes bem. Até torci durante o pitstop do Kubica” - Christian Horner, chefe da Red Bull (É lógico)
“Temos que tirar o chapéu para o Sebastian, ele fez um grande trabalho durante todo o ano e liderou o campeonato na última prova, na hora certa. Ele está completamente de parabéns pelo título mundial” - Mark Webber, piloto da Red Bull (Inimigo Mortal)
“Acho que a ficha vai cair apenas quando eu for dormir. Mas nós vamos passar a noite em claro depois do que aconteceu” - Sebastian Vettel, novo campeão mundial (Garoto Feliz)
“Estou muito feliz por ele porque somos amigos e este foi um ano muito difícil para ele” -
Michael Schumacher, heptacampeão (Gostamos, ou não, mas esse sabe do que está falando)
“Não foi uma temporada espetacular para nós, mas quero dar meus parabéns para a Red Bull e para o Sebastian, eles fizeram um trabalho fantástico durante o ano” - Lewis Hamilton, segundo colocado em Yas Marina (Tem talento e um título que era do Massa)
“Ele se protegeu como se estivesse disputando o título comigo na última volta da última prova do campeonato. Ele foi muito agressivo” - Fernando Alonso, vice-campeão mundial, sobre Vitaly Petrov (O sujeito que não ganhou porque não honrou o esporte – mas já é duas vezes campeão)
“Apenas fiz o meu trabalho. Se ele tivesse tentado a manobra, então eu não iria querer bater, mas ele não chegou a isso” - Vitaly Petrov, em resposta a Alonso (Ousado)
“Em um circuito fantástico como esse, é uma pena que a ultrapassagem seja tão difícil” – Felipe Massa, brasileiro da Ferrari, sobre a pista em Abu Dhabi (Só assistiu o campeonato)
“Agora não temos que discutir os motivos pelos quais tomamos essa decisão. Ganhamos ou perdemos 
como uma equipe” – Stefano Domenicali, chefe da Ferrari (E esperamos que tenham aprendido que jogo de equipe é o mesmo que ser Dig Vigarista)

“Felicito calorosamente Sebastian Vettel pelo título do Mundial. Na última prova, ele conteve o nervosismo e mostrou a classe de um verdadeiro campeão” - Angela Merkel, chanceler alemã (Espero que ela não queira ir ao vestuário dessa vez)
“Com confiança, talento e disciplina, ele tem feito sucesso logo em seus 
primeiros anos na Fórmula 1 e já está na história do esporte. A equipe nacional alemã o parabeniza efusivamente” – Joachim Löw, técnico da seleção da Alemanha de futebol (Fashion)

“Acho que chamei a atenção das pessoas que importam e decidem” – Bruno Senna, piloto da Hidivia (O nome arrepia, mas o carro assusta)
“Termino o ano com a sensação de missão cumprida: fiz o melhor que pude com o que eu tinha” – Lucas di Grassi, piloto da Virgin (Confio nesse sujeito)
Marcos Ferreira Silva - seleção e comentários

domingo, 14 de novembro de 2010

Amor em três pontos

Amor. Essa é uma palavra que está na moda há tanto tempo, mas parece que para alguns essa palavra já não faz tanto sentido assim. Algumas teorias falam que ninguém vive sem amor. Isso generaliza muito. Amor, amor, amor... Só que as teorias gostam de ficar um pouco à parte quando os amores doem, se acabam, morrem, ou se só alguém ama. Eis a razão do sofrer.
Os teóricos saem de cena, para não falarem besteira, ou entregam nas mãos dos poetas. Por mais natural que seja, não dá para politizar esse sentimento.
Como deixar os estudiosos tentar explicar o que se passa quando o amor irrita a saudade durante a noite? Quando os sonhos perturbam a sanidade da razão de deixar esquecer. Nenhum deles poderá explicar isso. Talvez os psicanalistas? Talvez Freud? Prefiro deixar Drummond me ensinar. Camões dilacerar suas palavras. Coríntios 13 me mostrar o caminho que Renato unificou fora às crenças.
Até o bom sensacionalista Lobo das canções sabe mais de amor que muitos estudiosos, Por tudo que For... por tudo que nunca entendemos...
Quando os nossos sonhos trazem a dor do ontem, ninguém vai poder nos virar com uma fórmula mágica e nos ensinar o que nunca aprenderemos. Aquilo que nunca esquecemos e nunca saberemos explicar. O que nos causa frio e interpela o corpo numa dor de não saber o que realmente passou... Por que é triste e eu não quero nem lembrar...
Marcos Ferreira Silva