sábado, 30 de junho de 2012

Tedect apresenta aos fãs dois singles e covers renovados


Banda estreia em EP com duas faixas inéditas
A banda paulistana Tedect lança cinco músicas ainda no mês de julho. O primeiro trabalho produzido em estúdio pelo grupo conta com três covers e duas faixas inéditas.
Entre as versões trabalhadas pelo quinteto está uma regravação do clássico ‘Losing my Religion’, do R.E.M., de 1991. Na interpretação do Tedect, a música composta por Michael Stipe ganhou uma introdução acústica e um riff de guitarra acompanhado de um ritmo forte imposto pela bateria assinada por Bruno Mazetti. Sem descaracterizar a melodia original, um arpejo de violão, feito pelo guitarrista Marcos Ferri, dita a base da música.
Outra versão da banda é ‘My Immortal’, famosa canção do Evanescence, lançada em 2003. A composição do ex-guitarrista da banda, Ben Moody, com co-autoria de Amy Lee, foi minuciosamente interpretada pela banda, sendo uma versão fiel à canção original. Destaque para a performance da vocalista Claudinha Cajado e os teclados de Bruno, que também é responsável por esse instrumento.
Sucesso nos anos 90, a mais inusitada canção do trabalho de estreia do Tedect é o cover de ‘Palpite’, da cantora Vanessa Rangel. A música foi trilha da novela Por Amor, de 1998 (Rede Globo). Nessa regravação, a música da cantora carioca ganhou um tom mais rock, sem deixar de lado a sua essência de balada sacana. A guitarra de Carlos Till e o violão de Marcos Ferri foram responsáveis por novos arranjos marcantes, sem deixar de lado detalhes que rememoram a música original.
A versatilidade da banda fica evidente nas duas faixas inéditas. ‘Vejo a noite chegar’, composta pelo ex-guitarrista do grupo, Rudy Mazetti, é praticamente uma serenata de amor. A música nasceu com esse intuito e sem pretensão de fazer parte do repertório do grupo. Na gravação, os teclados contrastam com uma melodia leve e um tradicional solo de guitarra que gruda no ouvido, além de um refrão pop ainda mais chiclete.
Em ‘Apenas uma chance’, as guitarras tomam conta, mas quem se torna notável é a linha de baixo. Baixista e autor da letra, Weber Moraes trabalha as notas de um jeito que quem ouve não consegue ficar parado. A bateria tribal e as guitarras pesadas caracterizam o tom revoltado da letra de amor.
Os vocais de Claudinha Cajado se encaixam na melodia de cada música, mostrando que a promessa de uma grande cantora já é realidade.
Produzido por Raul Bianchi e Marcelo Perestrelo, o trabalho de estreia do Tedect mostra ao público que a banda sabe a que veio. 
Em breve as novidades e as músicas estarão no site e no novo blog da banda
Marcos Ferreira Silva

domingo, 3 de junho de 2012

Legião Urbana a tudo vence

"Urbana Legio Omnia Vincit"... é, Renato, você tinha razão...
Eu pensei diversas vezes em escrever algo sobre o tão falado tributo à Legião Urbana. Ouvi muitas críticas e elogios sobre o show. Ouvi detonações sobre a voz de Wagner Moura e preferi me calar. Mas nos últimos dias muitíssimas pessoas me paravam para perguntar o que eu achava disso tudo. Me consultavam como se eu fosse um guru, um sábio especialista no assunto Legião Urbana.
“Enfim, eu não sou tudo isso. Não vou falar”. Essa frase foi tão Renato Russo, eu sei. Doce ilusão minha. Olhei a pilha com toda a discografia do grupo de Brasília organizada em ordem cronológica em minha estante. E eu sempre pronto pra contar uma história de uma ou outra música, alguma curiosidade de um disco e a explicação de tantas letras. Percebi que precisava falar.
Não achei um show perfeito. O ator e cantor Wagner Moura não é um interprete perfeito, mas é um fã perfeito. Ver Wagner no palco é emocionante. A vibração que ele conseguiu passar nas duas noites de festa no Espaço das Américas em São Paulo é de invejar um beatle.
A emoção foi o lema das apresentações nas quais Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá se reencontraram com o público carente da poesia que não morreu com o corpo de Renato Russo em 1996, mas que estavam guardadas no coração dos fãs e nas pilhas de discos.
A Legião Urbana não voltou como muitos falavam. A proposta estava escancarada para todos, nada foi escondido, aquilo era um tributo, uma justa homenagem a uma das maiores bandas do planeta.
Sei que nesse momento muitos estão se roendo e me taxando de nostálgico. A Legião não é uma unanimidade, pois toda unanimidade é burra, e a Legião pode ser tudo, menos burra. Respeito quem não gosta de Legião Urbana, mas não esperem mais do que isso de mim.
As canções entoadas por um Wagner Moura eufórico fazem parte de um repertório especial para cada uma das mais de 8 mil pessoas que marcaram presença no show e todos que estavam em casa assistindo o show de suas vidas.
Não só as letras geniais de Renato marcaram a vida dessas tantas pessoas, mas todos os arranjos das músicas são a trilha de muitas pessoas que encontraram naquelas canções algo a se apoiar em alguns (ou em vários) momentos da vida.
A batida marcada de Bonfá bate no ritmo do coração dolorido preso ao peito, a guitarra de dado soa chorosa nos ouvidos de todos que ouvem a voz grave de Renato falando pra si mesmo.
No papel de homenagear a Legião Urbana e Renato Russo, Wagner Moura foi sublime. Se portou como um verdadeiro mestre de cerimônia e conduziu fãs ensandecidos a celebrar as canções que estavam presas na garganta e que já ganharam tantas versões em vozes desconhecidas, em milhões e milhões de lares Brasil à fora.
Eu poderia perder o meu tempo dizendo que o capitão Wagner passou duas horas viajando entre erros e acertos vocais, desafinando e semitonando as músicas, mas prefiro lembrar que, em cima daquele palco, o artista de renome emocionou com sua interpretação voraz.
Todos sabiam que o que estavam vendo era apenas um resquício do que foi a Legião Urbana, mas o que valia mesmo era lembrar o que aquelas músicas tinham feito na vida dos fãs.
Estava provado por A mais B que a Legião a tudo vence. A Legião Urbana é o povo que se apoderou de cada acorde, cada nota das tantas músicas que são trilhas de vidas loucas e simples em todos os cantos do mundo.
Num show em que Dado e Bonfá subiram ao palco para relembrar uma vida ao lado da legião de fãs, Wagner Moura só poderia transformar tudo isso em um acontecimento cinematográfico. Errado isso? Não. Foi o próprio Renato que certa vez disse: “Vamos fazer um filme”. Está feito e registrado na mente e no coração de muita gente.
“Se vocês acreditam numa coisa de coração e se vocês sabem que é uma coisa importante pra vocês e sabem que não vai machucar ninguém, vão em frente e façam...” Renato Russo...

Marcos Ferreira Silva