quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Muita mídia e pouca responsabilidade

Nos últimos anos, o Brasil tem passado por uma revolução de valores, e uma das principais assuntos que começou a ser discutido foi a responsabilidade social. ONGs e veículos de comunicação começaram a escancarar problemas que derivavam de gananciosas operações de grandes empresas como o desmatamento e a poluição. O mundo começou a temer o futuro que já não era tão certo e as empresas viram-se obrigadas a mostrar soluções para problemas, dando início a era sustentável.
Uma das pioneiras no Brasil é a Petrobrás que, além de tentar reverter os problemas ambientais causadas por ela, exemplo são seus famosos vazamentos que causaram catástrofes em várias praias do litoral brasileiro, passou a investir em programas sociais e patrocínio à cultura, tendo papel importante na retomada do cinema nacional depois de anos de total esquecimento, motivado pela extinção das leis de incentivo no governo Collor.
Essas foram ótimas iniciativas, porém não apenas serviu como benefícios à cultura, entidades sociais e natureza, mas também abriu as portas do mundo para uma nova Petrobrás. A popularidade da empresa petrolífera entrou em ascensão, tendo sua imagem vinculada a grandes projetos e em quase todos os filmes e peças de Teatro de grande púbico.
O mercado e os consumidores começaram a exigir empresas que mantivessem uma linha sustentável e transparente e, com isso, outras empresas seguiram estes passos e começaram a investir em projetos ambientais e de sustentabilidade.
Os pontos positivos são imensos, mas um ponto muito cobiçado pelas empresas é a sua imagem. Ninguém quer ver seu nome arranhado por acusações de desmatamento e poluição. Uma empresa fica muito mais atrativa quando diz se importar com o mundo a sua volta, dando ao consumidor / cliente a sensação de que a empresa se importa com ele e transformando uma boa ação em um ótimo método de autopromoção.
A partir de uma necessidade mundial, as empresas passaram a promover em acontecimentos marcantes qualquer plantio de árvore, aonde muitas vezes o trabalho de revitalização não cumpra, nem de longe, o suficiente para repor danos causados por ela. No entanto, o que se vê é uma nova estratégia de marketing para promover a imagem da empresa numa classe politicamente correta e trazer mais clientes e investidores.
Com o passar dos anos a "máscara" tende a cair e as empresas começam a ser fiscalizada pelos seus próprios clientes. Uma estratégia interna não pode ficar somente na imagem, números tem de ser mostrados e comprovados para população que cada dia se mostra mais preocupada com o planeta e quer ser informada de números reais através de informes publicitários na televisão, rádio e Internet, pois a realidade está visível nos problemas mundiais. Se o que está se promovendo é realmente feito, teremos boas notícias no futuro, caso contrário, a cobrança será eminente.
Marcos Ferreira Silva

Um comentário: