sábado, 17 de outubro de 2009

Elas querem fazer amor, não apenas sexo

Estava observando as mulheres e tentando chegar à conclusão do que elas pensam sobre os homens, sobre o amor e sobre o sexo. Você acha que eu estou ficando totalmente biruta? Concordo.
Comecei a imaginar isso um dia que, por acaso, duas amigas e eu ficamos assistindo uma comédia romântica até as duas da manhã. Sem me atentar, percebi que era no mínimo interessante ficar observando as duas assistindo um filme que para elas levava todo sentido o nome: Simplesmente amor.
Já havia assistido ao filme e o adorava. O elegi um dos meus filmes preferidos para o exclusivo Orkut.
No começo, muito educadas, pareciam se horrorizar com aquele linguajar um tanto inadequado para antes das 9 da noite, e aquelas cenas que induziam diálogos de sexo, ou até sequências um pouco mais calientes.
Mas durante o desenrolar da história as cenas foram ficando mais amenas e as idéias estavam começando a valer o nome do longa. O sexo começou a rimar com amor. O amor simples que a trama te leva é realmente apaixonante. E isso não é só coisa de mulher, não, todos os marmanjões que assistiram ao filme concordam comigo.
Nessas horas descobrimos que o romantismo não está fora de moda, ao contrário, os casais, acredite ou não, ainda procuram o amor.
As mulheres, cultivando o mesmo senso de amor que os homens, demonstram esse sentimento mais explícito. Nós, pobres machos irracionais, na maioria das vezes, fingimos ignorá-lo.
Conceitual, ou não, o amor ainda corre na veia das pessoas. A palavra de quatro letras é forte demais para a maioria dos seres humanos, então podemos usar paixões afloradas e bem expostas.
Depois de grandes momentos no filme, percebi em seus olhos lágrimas, e aquela expressão: _Ai que LINDO!
‘É’ meus amigos, o amor está vivo e se reproduzindo. Todas as garotinhas sonham com o bom e velho príncipe encantado, aquele que vem em seu belo cavalo branco triunfante. Todo “moleque” se apaixona perdidamente antes dos dezoito. Há sempre aquelas raras exceções, corações mais duros (ou mais racionais) que só encontram o verdadeiro amor após os quarenta, mas, basicamente, a adolescência é ótima para se amar. Mesmo que seja só a ilusão que aquela reles paixão provocou, na hora você vai achar que é amor.
Eu já amei? Fiz essa pergunta recentemente para mim mesmo. Ao responder vi-me caindo em algumas contradições, não tinha muita certeza. Quem sabe, né!? Então respondi: _ Amei sim, ou melhor, amo.
Como cheguei a essa conclusão? Simples: Sentindo. Porque o amor vem de dentro, depende apenas de nós, é o coração balançando, um ser vivo entrando em erupção. Se Hitler amou eu não sei. Nesses assuntos sabemos apenas de nós mesmos.
Muitas vezes as pessoas dizem que não acreditam no amor, dizem que ele não existe, e que não há motivos para essa “melação” que há nas novelas e nos rádios. Protegem-se dizendo que seus corações não são de pedra, estão apenas lúcidos enquanto todos dormem. Arrisco dizer que na verdade essas pessoas ainda não conheceram um amor verdadeiro, o que não significa que ele não exista. Quem sabe ele esteja vindo com um pé na estrada, apenas esperando a hora certa. Outros já viveram o amor, mas se encontraram sozinhos com aquele sentimento, então fizeram questão de esquecê-lo, ignorá-lo, pondo-o numa caixa de prata e o jogando no mar.
O amor prevalece discretamente, sendo usado quando necessário, não o carregamos em nossos bolsos, não fica em nossa mente 24 horas por dia.
A mulher leva com ela, na maioria das vezes, o bom amor assustado: _ Ai meu Deus, será que ele me ama??? - Possuem, sem exceções, um brilho no olhar quando amam. Ficam tão maravilhosas que nos fazem ter a obrigação de nos apaixonarmos por elas.
O amor é igual em todos os sentidos e momentos. O típico e tão criticado amor entre os casais é real, e pode ser sincero como o amor de uma mãe para um filho, mas a partir do momento que é realmente amor.
Há uma certeza forte na humanidade: praticamente todas as mulheres abominam o sexo apenas pelo sexo. Fazer sexo é bom porque satisfaz. Mas quem acalma o espírito não é ele é o amor.
Fazer amor é respeitar os sentimentos e libertar o prazer dos corpos. A mulher tem de ouvir um ‘Eu te amo’ antes de tudo. Conceito básico que quase 100% dos homens se esquecem.
Amar na condição verdadeira é um grande passo para o amadurecimento. Mesmo que esse sentimento seja vivido ainda jovem, isso faz crescer, é um passo numa escada. Um importante passo.
Os homens precisam enfim descobrir que elas querem fazer amor, não apenas sexo.
Marcos Ferreira Silva

2 comentários:

  1. Que bom ler isso escrito por um homem... eu assisti Dawson's Creek na adolescência e acabei achando que eles ficariam juntos no final do seriado, porque eles representavam um amor puro, verdadeiro e despretencioso... lindo, enfim! Mas eles se separaram no seriado e o final foi bem diferente do que o público em geral imaginou... mas ainda acho que o amor deles era verdadeiro... ainda acredito que foi apenas um desvio de roteiro...

    Dá uma olhada no final da quarta temporada: http://www.youtube.com/watch?v=ZYnQfaDFLHQ

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