domingo, 14 de outubro de 2012

Seu amor, o nosso amor

Para Sabrina da Cruz
Por qual razão não dizer? Afinal, nosso amor é maior, talvez repita o que disse o poeta sertanejo ao recitar “nosso amor é ouro, jóia rara de se ver”.
E como os diamantes, tão difíceis de serem encontrados em meio às pedras sem nenhum valor, nossa história é, dentre tantas, uma das poucas a ter brilho mesmo sobre machadadas e um infinito de outras coisas descartáveis.
Como rubis, que naturais são lindos e imperfeitos, assim somos nós. Diferente da Safira, nosso amor é vermelho como sangue e vibrante como o fogo. Somos lapidados com difícil destreza, mas movido por uma afirmativa que não tem explicação.
Conclusões assim, eu tiro de um tempo não muito distante. Época em que apenas uma conversa descompromissada varava horas. O gosto de quero mais que, nem sei por que, movia o desejo de olhar, de ter por perto.
Até que um dia fitei seus olhos de maneira qual nunca havia parado para notar. Os opostos se distraem, os dispostos se atraem. Assim estávamos. Vulneráveis ao sentimento. Ainda bem. Algo falou mais alto. Disse num semitom: eis aqui o que não sabe que procura.
Da magia a sedução, o que passou a valer foi o itinerário. Não bastando o destino, mas o percorrer do caminho.
Estava eu, aficionado pelos sonhos distantes e você, imersa na realidade da vida. Depois alternamos. Não era aventura, é amor. Não é ontem é hoje.
Das coisas queria dizer que é amor. O que é esse sentimento correndo na veia? Não demorei a entender de onde vinha. Quando o coração acelerou desconfiei, mas foi quando ele apertou em angústia que tive certeza.
Até mesmo achei que poderia ser fácil se desligar, mas descobri ser impossível se desvencilhar. Você já estava em mim e sei que eu estou em você. Desde aquele dia no portão, do beijo doce e roubado. Difícil saber quem era o criminoso e quem era a vítima.
Mesmo sob brigas e lágrimas, sempre foi evidente um sentimento maior. Uma pedra sendo lapidada, à base de marteladas. Do sofrimento de tantas batidas e feridas, a joia se molda.
Tudo o que não apaga o brilho, mas aumenta o valor.
Talvez mais que Rubi, meu amor por você é ouro.
Te amo!
Marcos Ferreira Silva

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