quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A humanidade vive ridículos colapsos


Pensemos por um instante. Reflita. O que gera a guerra? Pense mais um pouco. É tão ridículo não é?
O fato de podermos enxergar que o mau humor de Bush e as insanidades de Saddam e Bin Ladem mataram milhares de pessoas ao redor do planeta é abominável, simplesmente inaceitável.
Pensar que durante décadas o homem moderno lutou por sua liberdade, pelo direito de coçar o saco diante de um televisor aos domingos sem que ninguém o torrasse a paciência. De fato, ganhamos apenas o direito de permanecermos calados.
A liberdade poderia ser apenas tratada como um grande fenômeno psíquico, que apenas invade a mente de quase cem por cento dos habitantes deste planeta de tamanho mediano.
Quem sabe em um futuro perfeito essa palavra seja definitivamente excluída dos dicionários, assim poderíamos viver em paz. Isso seria uma liberdade bem vantajosa.
Não sou um relutante dos direitos de ir e vir, mas diariamente vejo que a enfurecida caçada por liberdade leva o homem a achar que pode tornar o mundo um passatempo. Hoje você pode parar ao lado de quem bem quiser e gritar em seu ouvido o que bem entender.
A guerra no Iraque é uma prova que não importa o que quase todos no universo pensem a respeito de fuzilar civis, as decisões são tomadas sob efeito da veia livre do senhor chefe de estado.
A liberdade não é ruim, o ruim é esta insanidade que segue o coração de todos. Para te dar um raio de sol tem de se trancar bem a sua cela. Para que a liberdade de quem está a sua direita comece, é necessário que a de quem está a sua esquerda seja esquecida.
O homem se trancou nas suas próprias verdades. Quando alguns parafusos começaram a soltar-se de sua cabeça, e de tão edivados que estavam não era mais possível recolocar-se, iniciou a nossa volta um paraíso de falsas verdades, o que penso é o que prevalece, então; vamos atirar no primeiro ministro, praticar sexo a céu aberto, jogar boings sobre prédios de cento e dez andares.
_Mas porra! Eu acho que esse cara é um babaca e ta enchendo a cabeça de todo mundo com uma porção de mentiras. Quer saber, basta! Vamos prendê-lo naquela cruz de madeira. Ele não é carpinteiro? Vai morrer estacado sobre uma que talvez poderia ser sua obra. MULHER! Cata aqueles espinhos lá fora. Vamos fazer uma coroa para o Rei. É assim que eu penso, é assim que vou fazer.
Depois, alguém uns dois mil anos seguintes invocou com uns dos caras que livremente não concordava com o sujeito do fato anterior, e dentro de sua imaginaria razão montou alguns carros bombas, e acionando o botão vermelho, levou o bar Café para o espaço.
Quem sabe se a liberdade fosse um pouco menos punhalada no cérebro da gente, e se o homem pudesse enxergar um pouco menos adiante, apenas olha-se para si próprio, veria que também deve haver momentos para se pisar no freio, e que não conta apenas eu mesmo, mas você também.
Então chega de filosofar, pois o que a minha liberdade quer é apenas tentar acalmar os ânimos dessa loucura, mas não deve adiantar muito. É isso o que eu penso.

Marcos Ferreira Silva

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