sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Todo fim de ano é igual

Início de Dezembro:
_Gente, agora começa a correria...
Ouvia meu colega de trabalho tagarelando no começo de Dezembro. Olhei para ele e falei que isso ia dar em uma crônica. Eu sempre procuro cumprir minhas promessas.
Uma coisa que é típica no fim de ano, além da questão fim de ano ou final de ano – desculpe se estou errado, minhas professoras ensinaram mais de mil vezes, mas não lembro – são as compras. Chega o décimo terceiro, bônus da empresa, misturado com a obrigação do amigo secreto da empresa / família e a pontual amnésia que faz todos esquecerem que há IPTU e IPVA em janeiro, saindo numa corrida ensandecida atrás do presente para o amigo, mãe, tia, chefe, do cachorro e dele próprio, lotando as lojas dos shoppings, abertos 32 horas diretas, da feirinha da madrugada, da 25 de Março.
Não sou santo, nem sensato a ponto de me esquivar desse mal. Resolvi comprar uma churrasqueira elétrica. E lá fomos nós. Acompanhado de meus pais (não cometa esse erro, pais não são as pessoas mais recomendáveis para estes programas), fui atrás da “bendita” churrasqueira. 40 minutos para estacionar, 42 minutos na fila do caixa, mais 10 para retirar o pacote, mais 4 horas para as outras duas compras feitas fora dos planos – idéia dos seus pais. Resultado: um dia perdido e suado, mas ainda feito em tempo recorde.
Dias 25 e 31 de Dezembro todos se amam. Um show de harmonia ou falta de memória.
Se fosse somente as lojas lotadas seria até divertido, pelo menos para os lojistas, mas ainda tem a ceia, o amigo secreto (esse merece uma crônica à parte) e a viagem.
Viagens são sensacionais. Um calor medonho, ninguém sabe onde está a toalha. Criança chorando (no natal), amigos bêbados também chorando (no reveillon).
Sem contar o transito parado em 100 das 100 estradas nacionais e a eterna espera nas rodoviárias e aeroportos. Isso quando não perdemos o embarque de ficarmos presos no trânsito e corrermos mais que os atletas da São Silvestre, com mais malas do que se fossemos voltar só depois das olimpíadas de 2016.
Mas pergunta se alguém quer ficar em casa?
Marcos Ferreira Silva

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